Lectures on the I Ching: Constancy and Change (Bollingen Series, 183) by Richard Wilhelm


Lectures on the I Ching: Constancy and Change (Bollingen Series, 183)
Title : Lectures on the I Ching: Constancy and Change (Bollingen Series, 183)
Author :
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ISBN : 0691018723
ISBN-10 : 9780691018720
Language : English
Format Type : Paperback
Number of Pages : 216
Publication : First published January 1, 1979

Wilhelm frequently wrote and lectured on the Book of Changes, supplying guidelines to its ideas and ways of thinking. Collected here are four lectures he gave between 1926 and 1929. The lectures are significant not only for what they reveal about Chinese tradition and culture, but also for their reflections of the scholarly and cultural milieu prevalent in Germany during that time.

Originally published in 1979.

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Lectures on the I Ching: Constancy and Change (Bollingen Series, 183) Reviews


  • Jefther Vieira

    Richard Wilhelm foi missionário luterano-evangélico(fé em que se firmou até o fim) na região alugada pela Alemanha em Qing-dao, China. Tendo logo aprendido o idioma nativo, familiarizou-se com a língua falada pelo povo. Ainda sem muito progresso em sua missão, por ajuda do padrasto fundou uma enfermaria e uma escola de alemão. As dificuldades culturais lhe pareciam incontornáveis pois o cristianismo, mais que uma doutrina, se tratava do poder de Deus. Mesmo assim sua escola foi um sucesso recebendo alunos de todas as províncias. De fato, estes, quase sem exceção, conseguiam altos postos administrativos e um deles recomendou Wilhelm à cadeira de filosofia alemã da universidade de Pequim.

    Em 1911, com a deposição da casa imperial e proclamação da república, Qing-dao tornou-se uma ilha solitária da cultura chinesa clássica. Numerosos ex-funcionários imperiais e acadêmicos refugiaram-se de um mundo em que, de repente, a educação clássica não era mais solicitada - era proibido ler escritos clássicos nas escolas, o que foi uma espécie de primeira "revolução cultural". Durante esse tempo, Wilhelm teve a oportunidade de fazer amizade com os maiores estudiosos, mantendo-se em diálogo com os eruditos ao seu redor. A partir desses contatos, em especial Lao Naixuan (Lau Nai Süan), surgiu a tradução do I-Ching que lhe logrou a fama. Posteriormente traduziu também outros dos clássicos como Tao Te King e O Segredo da Flor de Ouro.

    A chegada do século XX com seus desastres mudou a imaginação histórica alemã, moldada a partir de Tacitus a compreender seu lugar no ocidente, para compreender a questão da ordem em geral. Enquanto, além do natural Germanistik Studium, estudiosos alemães como Schleiermacher, Zeller, Mommsen, Jaeger, Gomperz, Friedlander e Burckhardt se empenharam em compreender os começos da civilização ocidental, o novo século trouxe uma visão mais ampla, voltada a povos não-europeus. Destaco: Theodor Nöldeke - Arábia, Pérsia e Síria (Geschichte des Qorâns, Geschichte der Perser und Araber zur Zeit der Sasaniden. Aus der arabischen Chronik des Tabari übersetzt). Heinrich Robert Zimmer - Índia (Kunstform und Yoga im indischen Kultbild; Indische Mythen und Symbole; Philosophies of India). Gershom Gerhard Scholem - judaísmo (Die jüdische Mystik in ihren Hauptströmungen). Eugen Herrigel - Japão (Zen in der Kunst des Bogenschießens). Leo Frobenius - África (Atlantis – Volksmärchen und Volksdichtungen Afrikas; Das schwarze Dekameron). Jacob Wackernagel - Índia (Altindische Grammatik).

    De volta à Alemanha, Wilhelm, como os contemporâneos supracitados, diante do desespero e depressão do entreguerras acha na sua experiência da China lições para nova forma de convivência. Essa experiência, mais que as valiosas lições do I-Ching, que busca no ciclo final de palestras "Constancy and Change". Trata-se de, por cima dos fenômenos políticos locais e globais, ver "the problem of the world as the cosmic power of life". Acostumado ao I-Ching, o livro das mutaç��es, vê conceitos como internacionalismo e nacionalismo, individualismo e coletivismo etc.. apenas como soluções parciais, incapazes de "cristalizar" o problema humano.

    "'Opposition no.38 into hexagram no. 13 Fellowshiop with Men. Opposition prevents chaotic mixing. All life is organized, but only where contrasts are present can organisms arise.' Therefore, disintegration, differentiation, into various functions always take place. Therefore, the explanation continues: 'Above, fire; below, lake: the image of opposition. Thus amid fellowship the superior man retains his individuality.' Therefore, we cannot have internationalism at the expense of nationalism; we cannot have a peace movement by painting over all opposition. We must acknowledge contrasts as given by nature, but dissolve them within a larger context. The day of rearing herds is past. And I do not hesitate to express the conviction that Bolshevist attempts to organize the Russian people once more into an amorphous herd must fail principally because this rung on the ladder of human evolution has been passed. Once the individual has arrived, he cannot be negated; he must be accepted as he is in the new period. But this creates a difficulty. Obviously, the individual is in opposition to the character of the nation, and national individualism is, in turn, also in opposition to organized mankind."

    A solução vista por Richard Wilhelm passa pela anteposição do indivíduo à sociedade não como antagonista mas como representante e embaixador. Um homem de ação que, tendo adquirido sua formação universal, não vende sua nação e amigos em troca de planos e ideologias universalistas mas impõe-se como modelo na convivência dos iguais e pagando por isso um pesado preço. Aí está até hoje a glória e a razão de tantas críticas a Richard Wilhelm. Ele era representante não de uma construção filológico-arqueológica de uma filosofia chinesa passada mas entregou a tradição que recebeu em Qing-dao. Ele não falou para agradar o CCP ou um censor politicamente correto mas para informar o público cristão alemão. Sendo ele teólogo evangélico-luterano muitas vezes penso que quis passar algo do cristianismo através dos símbolos chineses e começar realmente um diálogo inter-civilizacional em bases muito mais sólidas que qualquer multiculturalismo superimposto. Assim, foi uma enorme influência na vida europeia. Cito apenas Rudolf Otto, Albert Schweitzer, Hermann Hesse, Martin Buber, Hermann Graf Keyserling, C. G. Jung e Ortega y Gasset.

    Por fim, um gostinho do que o leitor encontrará nestas páginas: "This weak creature is now put in an environment full of dangers, full of all kinds of strong forces. But still the Tiger does not bite the man. The judgment says, 'Treading upon the tail of the tiger. It does not bite the man. Success.' This is based on the yearly image, because the great tiger on heaven is representative of cosmis, overpowering forces. Now man must advance and tread on the tail of the tiger. The trigram Ch'ien is in front, trigram Tui follows. But in spite of this great daring, which is in point here, the tiger does not bite the man. Is it because of this helplessness, this helpless joy, which after all is the greatest power on earth? The smiling eyes of a child are more powerful than any malice, any anger. Such eyes disarm even the most depraved, and the tiger does not bite the man who knows to approach him in this way. This then is the art of action. It presupposes being childlike in its highest sense, it presupposes that the joy of heart, internal joy, is preserved intact, and inner trust is offered to one and all. Such trust is accompanied by dignity. The hexagram Treading has Tui, Joyousness, within, and Ch'ien, Strength, without. In some way the image is reminiscent of the boy in the Novelle, who tames the lion with joy and therefore represents a person confronted by cosmic energies. And this constitutes the secret of proper conduct, conduct as the art of living."

  • Lysergius

    Provides some background to the I Ching and the Chinese concept of change.

  • Alejandro

    Great book