Title | : | Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade |
Author | : | |
Rating | : | |
ISBN | : | - |
Language | : | Portuguese |
Format Type | : | Kindle Edition |
Number of Pages | : | 24 |
Publication | : | Published March 27, 2020 |
Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade Reviews
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Assim que eu soube da existência desse artigo recém-publicado, e o melhor, gratuito, fiquei interessada. Eu já conhecia a fama de Yuval Harari e o sucesso de seus livros, mas nunca tinha lido nenhum deles, então decidi aproveitar a oportunidade de conhecer seus textos, mesmo que por uma amostra tão pequena e sobre um assunto tão urgente, o que poderia facilmente desatualizado.
Não é o que acontece aqui. Neste artigo, Harari só se utiliza de números para citar outras epidemias e pandemias que afetaram a humanidade em outras épocas e compará-las com a atual pandemia de COVID-19, para sustentar seu pensamento de que não é a população de um país ou outro que está ameaçada, mas sim a humanidade toda; e que a melhor forma de a humanidade combatê-la é por meio da informação, da confiança e da união.
Harari desataca a importância da ciência e da informação no combate a doenças infecciosas e faz críticas à desvalorização que ambas vêm sofrendo nos últimos anos, especialmente por líderes políticos, o que achei um posicionamento extremamente importante: se você está minimamente conectado à internet, deve ter visto inúmeras notícias falsas e boatos sobre o coronavírus e a COVID-19, e se assiste televisão no Brasil, deve ter visto um bom exemplo de "líder político" que ignora dados e informações científicas, dissemina mentiras e nada faz pela prevenção da doença. Justamente o comportamento nocivo que pode colocar todos em risco - não todos os habitantes de um país, mas a humanidade como um todo.
Mas o aspecto mais interessante do artigo é a visão de Harari sobre a necessidade de cooperação internacional entre países, que segundo o autor, devem não isolar-se física e politicamente fechando fronteiras e voltando-se apenas para seu próprio povo, mas compartilhando informações e insumos necessários no combate à pandemia. Isso não significa interromper as práticas de quarentena e autosiolamento social, que devem ser mantidas pelo conjunto da população. Mas os líderes políticas, as autoridades, devem, sim, cooperar umas com as outras.
A única coisa que me incomodou é a sugestão de que os Estados Unidos deveriam tomar a frente como "líderes naturais" nesse combate. No contexto em que estamos vivendo, mesmo diante de uma enorme crise humanitária, as regras do capitalismo não foram esquecidas. Nos últimos dias, notícias apontam para a ação dos Estados Unidos de compra massiva de equipamentos de proteção contra o vírus e até mesmo interceptação de materiais já adquiridos por outros países, prejudicando outras nações que enfrentam a mesma crise e têm a mesma necessidade de se proteger e proteger aos seus cidadãos. Essa é justamente a atitude egoísta de "primeiro eu" que Harari critica em certo trecho de seu artigo, e não faz nenhum sentido diante da ideia de humanidade se unir para combater a pandemia.
Fora isso, é um texto bastante esclarecedor, de leitura rápida e fácil, que aponta uma solução não apenas para essa crise, mas também para outras que já aconteceram antes ou que podem vir a acontecer no futuro. -
Não posso julgar o trabalho de um autor, muito menos outros trabalhos que nem li dele, por um livro de pouquíssimas páginas como esse, mas, ao mesmo tempo, me peguei pensando: "esse é o cara que todo mundo fala que é genial??". Pelo menos nesse breve texto, ele se mostra uma pessoa razoável, bem articulada e... é isso.
Concordo que a crise da pandemia deve ser pensada para além das fronteiras das nações, mas concluir que os Estados Unidos devem emergir (?) como líder mundial (?) como já fizeram anteriormente é um delírio colonialista e imperialista. Contraditório pregar a união geopolítica e propor uma hegemonia norteamericana, ainda mais sendo os norteamericanos como são.
Mas, enfim, né? É uma leitura bem ok. Talvez isso baste. -
Um lúcido e necessário ensaio sobre a situação de pandemia global frente ao COVID-19.
Apesar de não concordar 100% com as conclusões do artigo, é um ensaio muito bem escrito e apresentado com a clareza e seriedade características de Harari.
Por um lado, concordo que o mundo atual passa um momento crônico de falta de coletividade e cooperação internacional - apesar dos variados e importantes esforços de agências das Nações Unidas e outros atores globais.
No entanto, não vejo que os Estados Unidos devam ser responsáveis e nem responsabilizados por tal ação. Historicamente os Estados Unidos podem já ter cumprido esse papel e assim o país se tornou a grande e principal potência mundial à época. Porém, essa ideia de se ter um país acima do outros "cuidando" de forma paternalista é uma grande ilusão e vem de uma histórica exploração de uma ou mais potências econômicas com relação a outros países.
É dever de cada país, de cada líder mundial e de cada cidadão cobrar ações para a mudança e para a solidariedade e cooperação internacional, tanto frente a essa pandemia como nos muitos outros desafios globais que ainda iremos enfrentar. -
Artigo claro e muito lúcido sobre a pandemia do coronavírus, mostra a necessidade da solidariedade e da cooperação global. Leiam, está disponível de graça!
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Falou bonito mas falou o obvio.... 3.5
Vale a pena a leitura, bem rapida! -
Um artigo muito interessante.
Uma explicação simples sobre a atual pandemia. -
Disponível gratuitamente na loja KOBO. A tradução é em português do Brasil.
Vale a pena ler. -
”Neste momento de crise, a batalha decisiva trava-se dentro da própria humanidade. Se essa epidemia resultar em maior desunião e maior desconfiança entre os seres humanos, o vírus terá aí sua grande vitória.”
nesse artigo, o autor levanta dados históricos de epidemias anteriores que afetaram a humanidade e defende a posição de que o isolamento prolongado não é a solução, mas, sim, a cooperação.
o autor comenta sobre as relações de confiança humanas, sobre nações apoiando nações e governos oferecendo suporte aos cidadãos serem a solução para o combate ao coronavírus. também, critica o posicionamento do governo estadunidense atual.
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certamente são tempos tenebrosos e para nós, brasileiros, a situação é mais crítica ainda. estamos vivendo um colapso na saúde e uma crise política.
FALTAM LÍDERES AO BRASIL, os que deveriam ser líderes conduzem apenas suas próprias vidas ao bel-prazer enquanto milhares estão morrendo.
estamos tomando os lugares errados nessa batalha. não existe um espírito de cooperação mútuo e não podemos contar com o governo.
e, é claro, que um dia a batalha irá cessar, mas ela acaba para os que saem dela ilesos. os marcados por ela nunca esquecem.
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também gostaria de comentar aqui sobre a conclusão final do artigo: se a pandemia resultar em mais desunião, aí o vírus terá ganhado. claro que o autor se refere a desunião num sentido mais coletivo, mas, ultimamente venho me perguntando muito quais serão os impactos dela em nossas relações mais íntimas.
consequências imediatas já podem ser vistas: nossa reclusão tende a se tornar mais concreta, estamos até nos distanciando mais emocionalmente das pessoas. um vídeo que trás à tona esses questionamentos e é muito bom é o HAVERÁ ARTE DEPOIS DO CORONAVÍRUS? do canal ‘Tempero Drag’, recomendo.
link:
https://youtu.be/kUP1Qv8w4V4 -
Fraco. Mesmo sendo um ensaio, é muito superficial. Foca em frases de efeito e numa visão muito romantizada do mundo. O pior ponto sendo uma veneração pelos EUA - mesmo com críticas, o texto não deixa de expressar a esperança no ressurgimento do "grande líder mundial" que nos salvou do Ebola e da crise de 2008; crise, esta, criada pelo próprio país.
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Primeira vez que me decepciono com o Yuval. Ele que sempre trouxe luz a assuntos pertinentes, dessa vez, não falou nenhuma novidade. Um texto óbvio bem abaixo de sua capacidade. Parece que foi escrito com muita correria e pressa.
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Aqui o Harari traz uma análise sucinta sobre como a sociedade lida com a luta contra um vírus num mundo mais globalizado do que nunca. Devemos erguer barreiras ou devemos compartilhar conhecimento e ajuda? É hora de se dar ao luxo do negacionismo ou é momento de ação para enfrentamento? Qual postura devem ter todos os líderes de nossas nações? O que devemos aprender para não acabarmos de novo numa situação como essa?
Todas essas questões trazem soluções que precisam ser buscadas como comunidade, soluções que precisam ser cobradas diariamente, soluções que devem estar na pauta dos projetos de governo de todo candidato eleito nos próximos pleitos.
Que não nos esqueçamos de nada do que estamos vivendo agora e nem de onde virá a cura. Do conhecimento, da solução, da cooperação!
A única coisa que me incomodou no texto foi a como ele questiona o isolamento repetidas vezes. Ele não faz isso em escala individual, ele fala de nações se isolarem, mas tem tanta gente buscando qualquer migalhinha pra justificar não ficar em casa, que eu acho delicado ele não ter tido essa atenção no texto. -
Leitura importante para o momento atual. Curto e atual.
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O ensaio busca esclarecer questões que podem estar bem claras para grande parte da população mundial, assim como também pode ser negada por outra parte, de maneira que inicia sua escrita pontuando que o combate ao vírus e a epidemia se dão por cooperação e não por segregação.
Os fenômenos virulentos sempre existiram e certamente sempre existirão, e a melhor forma de combate à elas não se trata do isolamento de ideias e sim, da difusão de informações.
Quando existe a responsabilidade social em compartilhar informações honestas, a comunidade internacional não apenas se fortalece, como também estreita os laços para o combate ao inimigo em comum, fazendo com que fique evidente — pelo ponto histórico — que a troca de informações científicas são essenciais na guerra epidemiológica.
Afirma também que medidas como o fechamento permanentemente de fronteiras seria inviável, a não ser que aceitássemos voltar a idade das pedras. Como isso não se trata de uma possibilidade, Noah Harari dispõe que uma espécie de barreira foi sendo construída para proteger a todos nós dos vírus de outrora, se tratando da modernização dos sistemas de saúde, que serviram como um muro ao longo dessa fronteira.
Contudo, ainda que os guardas fronteiriços existam, isto é, os cientistas, médicos e enfermeiros, uma brecha crucial foi talhada: centenas de milhões de pessoas foram deixadas à margem desse processo, assim, se o problema de Bangladesh não afeta diretamente a França, afetará indiretamente toda a humanidade.
Por fim, o combate e desconfiança à comunidade científica e governamental, acaba por ocasionar a disseminação, proliferação e maior dificuldade de contenção do vírus, cabendo ao mundo unir-se mediante informações para que não mais situações como a atual perpetuem-se no tempo. Precisando também, que os líderes mundiais tomem frente ao combate ao vírus, não menosprezando sua força e subjugando a vida em prol da ascensão econômica. -
"The real antidote to epidemic is not segregation, but rather cooperation."
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Um ensaio focado na importância da ciência e da cooperação a níveis globais, mas ao passo que o autor vê um vazio deixado pelos EUA na liderança política internacional eu vejo outros países ocupando esse espaço, que na verdade sempre está em disputa. China e Alemanha, por enquanto, saem gigantes dessa crise exatamente por terem disponibilizado recursos e conhecimento a outros países.
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Considerando que este é um texto que advém da escrita de Harari para a revista Times, acredito que o panorama apresentado é uma perspectiva humanitária e sensata a se pensar sobre alguns aspectos que vivenciamos durante a pandemia. Em vários momentos de sua escrita, o autor enfatiza que a união e a prática da boa informação são os tesouros mais importantes deste mapa que ainda estamos desbravando. É sim uma leitura a se considerar, se a vontade do leitor é a experiência de outras faces e discussões que dado momento nos "proporcionou".
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O artigo mergulha no passado para entender o presente e ajudar no futuro. Uma leitura rápida, porém não rasa, sobre a pandemia, trazendo fatos históricos, e a visão do Yuval Noah sobre o combate a pandemia.
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O autor deixa claro que a união, a informação, a confiança e a solidariedade entre os países constituem a ferramenta mais eficaz no combate à pandemia.
Entretanto, a realidade expõe, justamente, uma negação aos valores apontados acima. Tal fato atribui-se, em parte, à falta de um líder comum à humanidade, capaz de inspirar comprometimento e credibilidade na adoção de medidas de contenção efetivas por parte de TODAS as nações. Dessa forma, apenas com o engajamento a nível global seria possível impedir a propagação e mutação do vírus.
Mesmo assim, aponta ser a crise uma oportunidade de revisão dos fracassos recentes, podendo implicar em uma mudança positiva de paradigmas não apenas em relação ao combate ao coronavírus, mas também a possíveis futuras epidemias. -
Considero como um artigo muito bem descrito pelo Yuval Harari. Para ele, o mais importante é a solidariedade e o entendimento entre os povos da necessidade de ajuda entre si para enfrentar essa nova doença que, segundo ele, passará em breve.
Na visão dele, o mundo atual carece de líderes o que eleva o risco dessa pandemia do COVID-19 durar mais tempo que o esperado. -
Curto e sucinto.
Eu preciso ler mais Yuval! -
Raso, quase bobo e infantil. Esperava mais, dado o autor.
Não sei a quem esse apelo pode ser direcionado, dado que nem convence, nem comove. -
em resumo, nossos líderes são todos frouxos e desumanos. estamos caminhando para um retrocesso ferrado e a administração da pandemia foi um fracasso em diversos países, mas a gente sorri e acena.
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Artigo tão curtinho, mas tão importante sobre o atual cenário do sistema internacional na pandemia. Analisa o desenrolar da ausência de líderes dispostos a pensar além dos impactos imediatos do vírus, não procurando desenvolver uma cooperação internacional mais estável de modo a se preparar para o que o mundo vai ser a partir de agora, totalmente diferente e vulnerável, exigindo novas posturas e exemplos.
"Há centenas de milhões de pessoas ao redor do mundo sem acesso aos serviços mais básicos de saúde. Isso representa um risco para todos nós. Estamos acostumados a pensar nesse tema em termos nacionais, no entanto oferecer assistência médica a iranianos e chineses também ajuda a proteger israelenses e americanos contra epidemias. Essa simples verdade deveria ser óbvia para todos..."
É realmente esperar que uma luz no fim do túnel apareça. -
Excelente artigo do renomado autor. Harari consegue unir perspectivas e demonstrar como a falta de uma liderança mundial aliada a uma visão "egocêntrica" torna tudo mais difícil na luta contra esta última pandemia. Recomendo a leitura.
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Uma leitura curtinha, indico.
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Técnico! Uma boa análise sobre o momento em questão. Sem obscurantismo, precisamos de uma cooperação global e conjunta. Ótimo para refletir e entender como agir no momento atual!
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Artigo lúcido de Harari sobre as implicações da pandemia. Esse texto, inicialmente publicado na revista Time (15/03/2020), é um artigo extremamente lúcido de Harari sobre as implicações da pandemia vigente.
Causou-me muita estranheza a citação do seguinte trecho por certas pessoas que, claramente, nada leram do Harari: “[…] embora uma quarentena temporária seja essencial para deter epidemias, o isolacionismo prolongado conduzirá ao colapso econômico sem oferecer nenhuma proteção real contra doenças infecciosas. Muito pelo contrário. O verdadeiro antídoto para epidemias não é a segregação, mas a cooperação.” Se isso ocorreu por malícia ou por ignorância, cabe a cada um avaliar — particularmente, creio que elas caminham de mãos dadas. O que posso dizer é: quem se fiou nessa citação por achar que, nela, o autor defende o fim imediato e precoce do isolamento social, evidentemente não passou da primeira página, sobre a qual ela repousa. Afinal, Harari escreve mais adiante: “A cooperação internacional é também necessária para medidas eficazes de quarenta. A quarentena e o toque de recolher são essenciais para interromper a propagação da epidemia.”
Sua conclusão é igualmente direta: “Nos últimos anos, políticos irresponsáveis solaparam deliberadamente a confiança na ciência, nas instituições e na cooperação internacional. Como resultado, enfrentamos a crise atual sem líderes que possam inspirar, organizar e financiar uma resposta global coordenada.”
Em resumo, para o autor de ‘Sapiens’ e ‘Homo Deus’, o COVID-19 se apresenta como antecipação das preocupações abordadas em suas obras e sobre o qual as decisões técnicas e políticas podem contornar ou debelar os cenários por ele cogitados. Necessitamos, portanto, de uma resposta baseada na ciência e na cooperação. Em medidas de isolamento social, mas que não se confundam com a mais desabrida xenofobia. Mais do que nunca: necessitamos que vigorem as mais altas faculdades definidoras do que é ser humano a fim de que salvemos a humanidade — tanto a espécie quanto a que reside em cada um de nós. -
Ler Yuval logo após Ailton Krenak me fez ter a impressão de que um segue um sentido conotativo da pandemia e o outro o denotativo. Fico feliz pela minha inclinação para as concepções de Krenak, que trazem um alerta sobre a negligencia do ser humano com a Terra. Apesar da diferença, os textos se confluem no aspecto colaborativo e transformativo que é necessário nesse momento. Ambos estão com ebook gratuitos e são bem rápidos de ler. Recomendo pra quem quer ler sobre elaborações desse momento de pandemia. Pra quem não quer, só ignorar esse post haha
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Excelentes reflexões sobre o momento que vivemos, sobre a forma como os grandes líderes mundiais estão lidando com a situação e sobre o que podemos aprender com a crise do novo coronavírus para lidar melhor com possíveis futuras pandemias.