Memoria de elefante by António Lobo Antunes


Memoria de elefante
Title : Memoria de elefante
Author :
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ISBN : 8439712529
ISBN-10 : 9788439712527
Language : Spanish; Castilian
Format Type : Paperback
Number of Pages : 152
Publication : First published July 1, 1979
Awards : Prémio de Literatura Europeia do Estado Austríaco, Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (1)

Memoria de elefante, primera novela de António Lobo Antunes, publicada en Portugal en 1979, es el retrato de una crisis existencial. El protagonista, un psiquiatra residente en Lisboa cuya verdadera vocación es la escritura, cuenta a través de una voz exuberante, facetas y capítulos de su vida, haciendo hincapié en los aspectos más íntimos y comprometidos.
A lo largo de un día y una noche el héroe y narrador de esta historia pone de manifiesto la voluntad de escucharse a sí mismo, y de este modo hallar definitivamente una identidad perdida tiempo atrás.


Memoria de elefante Reviews


  • Luís

    Magical and bewitching. Vertiginous with cruel purity, so much that it becomes invigorating.
    Despite the words, metaphors, and avenging allegories, this work is a sensitive book.
    You must have suffered a lot and finally not have finished growing up, never to want to accept the unspeakable horror of war.
    However, it is to be read with close attention so as not to lose a bit of it.

  • Inês

    Finalmete consegui terminar! Nunca pensei ter tão pouca vontade de ler um livro tão pequenino e admito que só não desisti de o ler devido a esta minha persistência em não deixar nenhum livro a meio e claro, tendo em conta o autor que é.
    Este livro além da escrita complexa é uma confusão tremenda! Cheio de metáforas e introspecções misturadas com descrição de cenário onde se sobrepõem a 1ª com a 3ª pessoa e eu acabei meia perdida na história.
    Não foi um bom começo na aventura, que eu acredito que seja, ler António Lobo Antunes. E a história passada num único dia de vida de um médico atormentado não me fascinou minimante, nem tão pouco consegui criar uma ligação amistosa com o personagem.
    Fica para a próxima, pois este apesar de ser a primeira não será (espero eu) o última vez que irei ler algo do autor.

  • diario_de_um_leitor_pjv

    Acordar na manhã do dia do teu aniversário e leres as 30 páginas finais maravilhosas de António Lobo Antunes é a melhor prenda que podes dar à ti próprio.
    ALA é tão enriquecedor.

  • Anabela Mestre

    Deliciosa novela esta, que constitui o primeiro livro de António Lobo Antunes, que foi editado em 1979.
    Numa escrita rica e atraente, Lobo Antunes, leva-nos pelos dias de um psiquiatra, amuado com a vida, pelo que eu penso, deve ser um livro autobiográfico. A escrita dele sempre me atraiu e nesta pequena história, temos comprimidas as palavras, que depois se virão a dar origem a múltiplos livros. Como eu digo todas as desculpas são boas para ler um livro de António Lobo Antunes.

  • Alma

    "(...) podes achar idiota mas preciso de qualquer coisa que me ajude a existir."

  • Cat .classics

    Não dá, Lobo Antunes e eu não combinamos.
    É uma pena. Já tentei quatro vezes, mas só acertei quando li as suas Cartas de Guerra.
    Não deixa de ser escritor genial, com a escrita nervosa, galopante, a tremer-lhe nos dedos. Mas tudo o que narra é o TODO ao mesmo tempo: o antes e o agora; o assertivo e o inseguro; o jeitoso que é também um anormal. Preciso de alguma sanidade na leitura, só um pouco que seja. Lobo Antunes é demais para mim, é sôfrego, é mórbido, é obcecado por si mesmo e pelo seu sofrimento, é um génio trepidante com velocidade a mais para o meu cérebro meticuloso e lento.
    Desculpem, mas não dá.

  • Rafa

    Agotado y satisfecho como un corredor en la meta. ¡Pero solo fueron 160 páginas!

  • Laura

    This book is the 1st book published by Lobo Antunes and it follows the existential crisis of the narrator, a psychiatrist who lives in Lisbon.

    A re-reading from a different edition.

  • Silvéria

    Este livro é um caso peculiar.
    Reconheço-lhe várias qualidades, narrativas e de escrita, mas não consegui propriamente gostar dele.
    Reconheço, também, a genialidade do Lobo Antunes. A sua capacidade de fazer de tudo uma metáfora, de oscilar entre passo e presente, entre um narrador na primeira e na terceira pessoa. Reconheço, até, a sua capacidade de usar palavras que, de todo, desconhecia. Assim, umas atrás das outras.
    Mas, para mim, a literatura é um escape. Se quisesse algo tão genialmente difícil teria escolhido um livro técnico. Dispenso bem todo o esforço mental que uma obra destas, embora não muito grande, exige.
    Ou seja, é um ótimo livro para mentes igualmente complexas e para leitores que gostam de um bom esforço mental...

  • Larou

    António Lobo Antunes is generally considered to be one of the foremost Portuguese writers and there are many who think that he, rather than his compatriot José Saramago, should have received the Nobel prize for literature in 1998. However, since the Nobel prize committee has a distinct penchant for awarding mediocrity, it appears unlikely he will ever get it; for if there is one thing Lobo Antunes’ writing is not, it is mediocre, or indeed middle­-of­-the­-road or mainstream, but each one of his (at the moment I am writing this) 24 novels has an irrepressible tendency towards the extreme, the unrestrained and excessive in their form as well as in their content.

    This is already noticeable in his first novel Memória de Elefante from 1979 (which apparently has not been translated into English yet). The novel has no plot whatsoever; it simply follows a day in the life of a Portuguese psychiatrist who works in a hospital in Lisbon, hates his job, regrets just having left his second wife, remembers his time serving in the war in Angola and generally despises everything Portugal is, everything it was and everything it is turning into. In other words, Elefantengedächtnis (I read this in the German translation by Maralde Meyer-Minnemann who translated most of Lobo Antunes’ novels into German and who appears to have done an excellent job) is one long, angry rant and from the sheer intensity of his hate one might guess that this novel is autobiographical even if one were not already aware of it from the back cover. The novel is mainly written from the third person singular but occasionally veers into first person – and veering is probably the kind of motion that best describes the way Elephant’s Memory proceeds on all of its levels.

    Even the novel’s non­-plot does not unravel in a linear fashion but shifts and changes constantly between the present, the protagonist’s time in Angola during the war and his childhood as part of a bourgeois family – even the protagonist himself is not quite fixed and stable, as the frequent switching of the narrative voice indicates. In fact, reality itself appears quite elusive as Lobo Antues does his best to obscure and obfuscate what is happening by piling metaphors upon metaphors, shovelling hills, even mountains of images on top of each other that shoot off wildly in all kinds of different directions making it hard, if not impossible for the reader to follow their trajectories. This is where it is most apparent that Memória de Elefante is a debut novel – the author doesn’t have much control over his imagery, it seems like he lets his metaphors run wild and use his novel rather than reining them in and putting them into the service of his novel. As a result, his huge piles of images are always close to toppling and and often indeed come crashing down by veering into incoherency – metaphors here do not just get mixed but clash violently with each other and instead of making the narrative more vivid and intense they constantly threaten to make it more abstract, to make it poof in a cloud of glittering but ultimately random and insubstantial rhetoric.

    However, Elefantengedächtnis to some degree makes up for that by a fervour, a furor even, that later, much more polished novels by Lobo Antunes never quite reach again – every sentence, every line of this novel is infused with anger, a relentless, unceasing rage against the world, mankind, Portugal, at its decay, its ugliness, its absurdity, at the stupidity, the blind greed and unrestrained malevolence of people. It is probably this which has garnered Lobo Antunes frequent comparisons with French author Louis-Ferdinand Céline, even though they read completely differently – where Céline’s writing is a fast-flowing stream that tears down everything in its way and pulls it along, Lobo Antunues’ writing is a slow river that rises slowly but steadily and floods everything along its path. But it is no less intense for that, and for all its flaws and occasional awkwardness, Elephant’s Memory already bears the distinct promise of greatness, a promise which Lobo Antunes would go on to fulfill with his second novel and several more (he is a very prolific writer) since then.

  • Ana Castro

    Li-o de uma assentada. Em dois dias.
    Se tivesse lido este livro quando foi publicado, teria detestado.
    Agora, depois de ler as suas entrevistas e crónicas e conhecer bem a vida do autor, acho que o compreendi bem e consegui acompanhá-lo num dia da sua vida que descreve e em que expõe quase toda a sua vida, desde a infância à passagem pela guerra em África e toda a angústia que sente.
    É um livro triste. Muito triste.
    Os sentimentos de um homem separado da mulher e das filhas que continua a adorar.
    Não encontra sentido para a sua vida e tanto se acha um génio, como se considera um farrapo humano sem préstimo e "com vontade de se vomitar a si próprio"!
    Acho que usa e abusa de metáforas, que por vezes são cansativas e nos aborrecem, mas no cômputo geral gostei.

  • Nuno

    " podes achar idiota mas preciso de qualquer coisa que me ajude a existir"

  • Sebastian Uribe Díaz

    «Te amo tanto que no sé amarte, amo tanto tu cuerpo y lo que en ti no es tu cuerpo que no comprendo por qué nos perdemos si a cada paso te encuentro, si siempre al besarte besé más que la carne de la que estás hecha, si nuestro matrimonio se consumió de juventud como otros de vejez, si después de ti mi soledad se acrecienta con tu olor, con el entusiasmo de tus proyectos y con la redondez de tus nalgas, si me sofoco con la ternura de la que no logro hablar, aquí en este momento, amor, me despido y te llamo sabiendo que no vendrás y deseando que vengas del mismo modo que, como dice Molero, un ciego espera los ojos que encargó por correo».

    El debut de Lobo Antunes demuestra que nació siendo un grande. Se nota el estilo aún en construcción, pero ya capaz de mandarse con líneas de la prosa más poética y oscura de nuestros tiempos.

  • carpe librorum :)

    Lembra-me inevitavelmente
    Os Cus de Judas. Já o li há uns anos, mas o estilo e a temática são reconhecíveis. São ambos uma espécie de auto-biografia do autor, ou pelo menos, têm bastantes pontos em comum. Tal como o outro, a história passa-se num único dia, a personagem principal parece ser a mesma, neste fala um pouco menos sobre a guerra colonial. Uma maratona de memórias e metáforas que não perde a atualidade apesar de ter a mesma idade que eu (o que não é muito antigo para idade de pessoa, mas pode ser o suficiente para datar uma obra). Cada passo que o personagem dá, cada cena observada, despoleta uma memória, formando uma manta com mais retalhos do passado que do presente. Consegue encontrar metáforas que eu jamais me lembraria, mas que me oferecem uma imagem precisa do que quer dizer com elas (acho eu). Também consigo sentir isso nas crónicas regulares na imprensa, sem sentir tanto a angústia depressiva que povoa estas duas obras que li. Sim, sem dúvida prefiro as crónicas.

  • Bárbara Rodrigues

    António Lobo Antunes não é para mim.

  • Gonçalo

    Vistas as reviews que aqui foram feitas, chega-se à conclusão que Lobo Antunes, ou pelo menos este seu primeiro livro, é bastante polarizante. Para mim faz todo o sentido, António Lobo Antunes tem uma escrita fora do normal. Não é um autor que possa ser recomendado a qualquer um, como por exemplo, José Saramago. Dos autores de Língua Portuguesa que li, ALA é sem dúvida nenhuma dos mais difíceis. Desde as suas metáforas e comparações que são duma imaginação genial e por vezes não tão óbvias, às frases longas que se chegam a estender por meia página e os tempos que se confundem (ora passado, ora presente).

    Este livro é um dos meus preferidos de sempre e, mesmo não sendo eu dado a reler livros, um do qual já reli passagens vezes sem conta. É um livro autobiográfico, introspectivo, e de certo modo melancólico (a melancolia e a introspecção parecem ser inseparáveis). Resumindo, são os relatos e pensamentos duma pessoa que vive o dia-a-dia monótono, que vê o tempo a passar e olha para trás. Este livro não tem princípio meio e fim, é um livro no qual a "viagem" parece ser o mais importante. Através da escrita tão habilidosa* deste autor, o dia-a-dia dum médico cansado torna-se num romance cativante, e uma personagem com a qual é fácil se identificar.

    *Poesia em prosa. ALA podia estar a relatar uma corrida de tartarugas que seria de qualquer das maneiras um deleite de leitura. Uma mão cheia de escritores na história terão o domínio que ele tem sobre a língua portuguesa.

  • Rui

    Interessante! Partes geniais, misturadas com banalidades, brejeirices e destilação de veneno inútil. As forçadas referências intelectuais, o "name-dropping", são constantes por toda a obra, e deixam a dúvida se resultado da inexperiência do autor em seu primeiro livro ou puro pedantismo em flor (quem leu mais dele sabe que melhorou bastante deste último mal, mas nunca se curou por completo). Em suma, livro que precisava de uma profunda revisão, que lhe podaria pelo menos um quarto da sua extensão e que pedia um acrescento de pelo menos igual volume a compensar, mas ao nível do que não fosse cortado.

  • Márcia Balsas

    Crónica na Revista Gerador #9.

  • Cristina | Books, less beer & a baby Gaspar

    Algures entre o 2 e o 3, tenho de amadurecer está opinião.....

  • Jorge Morcillo

    Extraordinaria proeza verbal de un autor distinto. Lo que quizá se hace algo repetitivo es casi leer el mismo libro elijas el libro que elijas suyo, pero es tan complejo y potente que al final te acaba arrastrando.

  • Rúben Santos

    4.0 ⭐️

  • Cristina

    Complejo en el estilo, extremadamente ácido en la crítica a la sociedad (aunque no por ello deje de tener razón)y cargado de múltiples referencias literarias y artísticas que te dejan sin aliento. Sublime.
    Seguiré leyendo a Lobo Antunes.

    Algunas citas:

    "Te amo tanto que no sé amarte, amo tanto tu cuerpo y lo que en ti no es tu cuerpo que no comprendo por qué nos perdemos si a cada paso te encuentro, si siempre al besarte besé más que la carne de la que estás hecha, si nuestro matrimonio se consumió de juventud como otros de vejez, si después de ti mi soledad se acrecienta con tu olor, con el entusiasmo de tus proyectos y con la redondez de tus nalgas, si me sofoco con la ternura de la que no logro hablar, aquí en este momento, amor, me despido y te llamo sabiendo que no vendrás y deseando que vengas del mismo modo que, como dice Molero, un ciego espera los ojos que encargó por correo." (pág. 37)

    "Y aquí estoy yo, se dijo el médico, colaborando sin colaborar con la continuidad de esto, con la pavorosa máquina enferma de la Salud Mental trituradora de raíz de los menudos gérmenes de libertad que nacen en nosotros bajo la forma desgarbada de una protesta inquieta, pactando mediante mi silencio, el sueldo que recibo, la carrera que me ofrecen: cómo resistirse desde dentro, casi sin ayuda, a la inercia eficaz y muelle de la psiquiatría institucional, inventora de la gran línea blanca que separa la "normalidad" de la "locura" a través de una red compleja y postiza de síntomas, de la psiquiatría como alienación grosera, como venganza de los castrados contra el pene que no tienen, como arma real de la burguesía a la que pertenezco por nacimiento y de la que se vuelve tan difícil renegar, vacilando como vacilo entre el inmovilismo cómodo y la rebelión penosa, cuyo precio se paga caro porque, si no tuviese padres, ¿quién llegaría a querer, en la Rueda, enderezarme? El Partido me propone la sustitución de una fe por otra fe, de una mitología por otra mitología, y llegado a este punto me acuerdo siempre de la frase de la madre de Blondin "No tengo la Fe, pero tengo tanta Esperanza...", y giro en el último instante a la izquierda con la expectativa ansiosa de encontrar hermanos que me valgan y a quienes pueda valer, por ellos, por mí y por el resto." (pág. 40)

    "... y la curva de su empeine se asemejaba al de las bailarinas de Degas suspendidas en gestos a un tiempo instantáneos y eternos, envueltos en el vapor de algodón de la ternura del pintor: siempre hay quien se extasía cuando las personas vuelan." (pág. 74)

  • Cristiana Martins

    Escrita típica, iniciação adequada e necessária à linguagem característica de A. Lobo Antunes. Referências autobiográficas muito presentes. Sensação de empatia total com o protagonista, mesmo que a sua história não seja, necessariamente, a nossa. Passa a sê-lo, por momentos e pelo menos, enquanto dura.
    Ainda que de leitura por vezes difícil, a escrita magistral do autor mostra o seu perfeito domínio da língua, a forma como as palavras lhe são tão familiares, que a sua manipulação se revela de uma facilidade estonteante.

    Uma releitura. Algo que mostra que ALB não se lê igual agora ou depois. Que um livro pode ter bem mais do que um significado. Que aos 18 e aos 23 as coisas mudam.

    "Podes achar idiota mas preciso de qualquer coisa que me ajude a existir."

  • Offuscatio

    Mi primer "seis estrellas" del año. Reconozco que "Uma viagem à Índia", de Gonçalo M. Tavares, es muy superior en lo que a la técnica se refiere, pero "Memoria de elefante" me fascinó de principio a fin. He disfrutado muchísimo de los toques de poesía, las referencias artísticas, las cartas de amor fragmentadas y el paseo por una ciudad sumergida en un bruma de melancolía. Creo que hay muy pocos autores portugueses con esta capacidad para desnudar el pueblo luso. Ahora bien, el problema de leer y escribir sobre "Memoria de Elefante" es que uno tiende a caer en la tentación de subrayar y citar cada una de las frases del libro.

  • Pedro

    Alguns momentos verdadeiramente geniais perdidos numa torrente quase excessiva de "perífrases e metáforas e imagens, da preocupação de alindar, de pôr franjas de crochet nos sentimentos", que apesar de contribuírem para o tom claustrofóbico da obra acabam às vezes por sufocá-la. Não sou muito fã do estilo do Lobo-Antunes-ainda-à-procura-do-seu-estilo, mas vale a pena ler. E tomar uns prozacs a seguir, talvez.

  • João Loureiro Ferreira

    Uma escrita crua, muito fluída e genuína. É preciso manter a atenção e é fácil perdermo-nos. Não que haja mal nisso, por não se perder muito e por ser bom divagarmos em nós mesmos, fruto do que outrém totalmente desconhecido divagou e registou.

    Possui passagens dinâmicas; bonitas à sua maneira, como tudo o que é bonito por aqui.

  • Sónia Pinto

    Como é que se consegue escrever desta forma num primeiro romance?
    Como é que o Nobel lhe vai escapando?

    Maravilhoso! A forma como escreve, a mestria na descrição poética das pequenas e mais quotidianas cenas da nossa vida tornam Lobo Antunes num escritor ímpar.

  • Manel

    Comentario del libro en mi blog
    Dietario del ático

  • João Francisco

    Uma carta de amor em tom de suspiro; grito silencioso e angustiado pela vontade de existir.
    Das mais belas cristalizações da língua portuguesa, sobre a derradeira epidemia dos nossos tempos.

  • João Duarte

    A primeira obra de António Lobo Antunes é um livro intrigante.

    Não é que "Memória de Elefante" seja um livro complicado de ler, ou que a sua história seja muito intrincada. De facto, trata-se de um livro que se resume numa frase: um psiquiatra anda às voltas por Lisboa, perdido nos seus pensamentos sobre a guerra colonial e, sobretudo, o seu casamento terminado. Uma história provavelmente autobiográfica.

    Porquê, então, um livro intrigante?

    A história, já se viu, é diminuta - mas isso é contrabalançado pelos enredos da alma, que são bem mais complicados de deslindar, e garantem substância a este primeiro romance de Lobo Antunes.

    Por outro lado, a escrita. É verdade que ninguém escreve assim, e não é menos verdade que as belíssimas frases coabitam, aqui, com metáforas exageradas, num livro que, se lhe fossem retirados alguns floreados (só alguns), não teria mais de 100 páginas.

    Assim, "Memória de Elefante" é um livro intrigante por estar, do início ao fim, num limbo complicado entre o "que coisa estranha" e o "que grande livro". Provavelmente, é um pouco de ambos e, por ser não ser para qualquer um escrever equilibrado em tal limbo, será muito provável que releia este livro daqui a alguns anos.